segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A bipolaridade feminina

Tá certo que se auto declarar bipolar perece que serve para não ficar de lado nenhum e não ter opinião formada sobre nada.
Mas vejamos, as mulheres mudam sim de opinião, de humor e de estado de espírito assim como mudam de roupa.
É da nossa natureza viver entre dois pólos, ter mais de uma personalidade e viver em meio à insatisfação.
Isso porque somos muito cobradas pela sociedade e por nós mesmas. Mulheres vivem competindo entre si, e não há como negar.


O universo feminino é uma selva composta por felinas querendo ser melhores que as outras. Talvez isso venha de dentro, ou talvez seja o costume mesmo.
Temos nossos dias de precaução, de reserva. Assim como temos nossos dias de extravasar, de querer se sentir bela, poderosa e desejada.
Não, não é nenhum pecado mortal querer se sentir bem, nem que para isso seja preciso ousar do seu instinto selvagem (risos)

Somos volúveis e talvez até contraditórias.
Há dias de sensibilidade aflorada, onde queremos colo, carinho, atenção. Principalmente quando estamos na TPM.
Mas temos nossos dias de glória, dias em que estamos no comando. O dia em que ficamos emputecidas e ofendemos com nossas palavras ou até com aquela famosa greve de sexo.
Ora somos altruístas, ora egoístas.
Há dias que estamos para fazer amor e outros, que basta apenas nos olhar, pra perceber que precisamos do “sexo”.

É por isso que digo que as mulheres vivem entre dois pólos: o da santa e o da profana.
Confesso que assumir de quando em vez o seu lado profana requer coragem. Temos medo sim de rotulagens e muitas vezes omitimos nossas expressões e desejos por medo dos julgamentos. Mas pecar, às vezes é divino!


Não sei se um dia nós mulheres perderemos esse medo besta de sermos mal vistas. Espero que sim.
A vida num único extremo não é favorável para nós mulheres. Ou seja, viver dentro de nossas próprias diferenças é que nos torna tão interessantes. Bom, pelo menos é isso que eu acho.

Não há como ser constante sendo...mulher!

Parafraseando Clarice Lispector: “Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura.”

E não me pergunte o porquê de sermos assim, eu também não saberia responder. Sei que somos e ponto. Talvez um dia eu descubra, ou não. E se descobrir e vos contarei, ou não. Vai que perde a graça né?

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