segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A arte de ser mãe!


Pra quem passou parte da adolescência ansiando ser mãe, a descoberta de que seria não foi tão assustadora assim... Afinal, não foi algo inesperado embora achasse que não ficaria grávida naquela única vez que arrisquei!
Abrir o exame e me deparar com um “positivo” me trouxe um turbilhão de sentimentos e emoções que mudaram minha vida para sempre!
No início teve a fase incômoda: enjôos constantes, vômitos diários, imensa indisposição e mal-estar. Corpo em transformação, sensibilidade aflorada e um susto a cada vez que subia na balança e o ponteirinho insistia em inclinar para a direita! Minhas roupas pareciam encolher a cada dia.. Mas nada que um chutezinho não me fizesse esquecer todos esses detalhes!
Foram oito meses de expectativas para então poder ver a carinha dele. Oito meses amando alguém que nunca tinha visto apenas sentido. Ah, e que sensação maravilhosa era aquela de senti-lo no meu ventre.. Saber que de mim partia uma vida! Inexplicável.
Oito também foram as horas de dor até ele dar a graça do seu chorinho. Tive parto normal: dores intensas, impressão de que fosse morrer antes de ver o rostinho dele e julgar com quem se parecia. Só quem já sentiu a dor de dar a luz é que sabe o que estou falando.
Enfim, ele chegou! O primeiro chorinho dele foi acompanhado pelo meu choro também.. Sensação de alívio tanto por ver que ele estava bem quanto por minha dor ter ido embora!
Uma emoção que não se traduz em palavras.
- Sou mãe, e tenho alguém para amar por toda minha vida! Tenho amor verdadeiro em troca!
Nada mais gratificante!
Finalmente pude dar o meu dedo para ele segurar, pude olhar nos seus olhinhos, pude sentir o cheirinho dele. Pegar no colo, amamentá-lo com o que meu próprio corpo produzira dar banho, fazê-lo dormir cantando pra ele sem a menor vergonha...
Não nego que me senti estranha ao chegar em casa, ver que teria uma vida ali no carrinho que iria chorar de madrugada e me fazer enlouquecer por não saber o que fazer. Os primeiros dias são sim apavorantes! Quando ele se engasgava com o meu leite eu entrava em desespero e logo o pai acordava assustado pra ver o que estava acontecendo. Era um serzinho com menos de 50 cm rodeado de atenções pelos dois corujas de plantão. Pra ser mais exata, era 46 cm comandando dois adultos! Que lindo!
Os meses foram passando, e vê-lo ganhando peso e centímetros era cada vez mais gostoso. Acompanhei tudinho, deixei de trabalhar para curtir o meu momento de mãe. Até pouco mais de Um aninho eu era a diretora do meu filho!
Ouvi os primeiros sons, a primeira gargalhada, vi apontar o primeiro dentinho, dei a primeira papinha, vi os primeiros passos e ouvi-o cantar a primeira música.. E quanto a isso tive muita sorte, meu filho cantou, depois de "sapos não lavam o pé", “amor pra recomeçar” do Barão Vermelho.. Foi a primeira música que ele se encantou e aprendeu a letra.. Tenho uma gravação dele cantando, com todos os errinhos básicos de criança, mas emocionante e lindo!
Enfim todas essas fases foram extremamente importantes para mim..
É claro que em conseqüência de todo esse amor vem às responsabilidades e preocupações. Ser responsável pela educação de um filho tem um peso enorme, mas é um fardo que carrego com um sorriso no rosto!
As responsabilidades dobraram quando me separei e passei a ter a guarda total do meu filho.. Pai ausente, cuidados de uma vez por semana só, não que fosse uma opção minha, mas que devido à forma de vida que ele optou nosso filho acabou infelizmente ficando em segundos planos pra ele. Fato que nunca perdoarei!
Ele não deixou de amar nosso filho, mas deixou de conviver, deixou de se dedicar exclusivamente a ele.. Isso pode soar como ciúmes da minha parte, já que o pai hoje tem uma nova família. Mas não, é apenas uma indignação de ver como hoje o amor dele mudou.
Hoje mesmo foi um dia difícil, dia em que meu filho passou com o pai e ao voltar ainda chorava chamando por ele.
O maior sofrimento de uma mãe é ver a dor de seu filho. Seja ela uma cólica, uma febre, um choro sem identificação. Porém não há sofrimento maior do que vê-lo chorar por algo sem remédio.
Nessas horas só me resta fazê-lo dormir para ver se o sono o faz esquecer aquilo que não posso dar a ele. É ficar contemplando o sono dele na expectativa de um despertar sorridente!
Ser mãe é assim: é buscar alternativas para ver sempre seu filho feliz. É muitas vezes querer dizer “sim” só pela felicidade momentânea, mas acabar por dizer “não” pensando nas conseqüências!
É intensificar todos os seus sentimentos, é pensar em dobro, subtrair dores, multiplicar alegrias.
É dividir, hoje, o espaço da minha cama, a comida que está no meu prato, o suco que está no meu copo, o espaço debaixo do chuveiro. É inventar uma historinha por não se lembrar de nenhuma vendo os olhinhos dele a espera da minha voz, é sentir o cheirinho dele quando não está. É perder a paciência inúmeras vezes, quando a birra e a manha se tornam presentes, é brindar o sono infantil e buscar forças novamente para o próximo turno de atividades incessantes.
É fazer tudo e dividir tudo sem o menor egoísmo, com o maior amor, com a maior dedicação mesmo que seja pra ouvir: “mamãe eu quero ficar com o papai hoje” porque quem ama reconhece o direito que seu filho tem sobre tudo!
É ser feliz por fazer alguém feliz, é ensinar o amor esperando que ele aprenda amar!
Sinto-me boba, isso pode soar como clichê a você que me lê, mas é simplesmente o meu retrato de mãe!
Tornei-me criança novamente quando tive uma criança. Engatinho pela casa, faço voz de bebe e entro no ritmo dele. Não deixo de repreender se for preciso, não faço todos os gostos não dou tudo que pede, mas me dou por inteira a ele!
A minha felicidade e o meu sorriso tem nome: Luigi Enrico!
Com eterno amor:
Mamãe Karla!


Só pude entender o verdadeiro significado da palavra AMOR quando me tornei MÃE!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ei você, saia já dos meus pensamentos?

Sabe quando você se pega pensando demais em determinada pessoa que prometeu a si mesmo que não deixaria isso acontecer?
Então..

Acontece que não dá pra controlar isso, assim como não dá pra evitar os sentimentos. Por mais que a pessoa a sentir não seja digna! Humpt
Sabe o que acontece com minha amável pessoa? Tem que haver sempre um ser masculino para sonhar..

Que patético isso! Vivo me gabando de ser uma mulher solteira, independente de homem, mas me pego sempre pensando em alguém!ou em vários SEMPRE!
No início não é paixão (pelo menos na maioria das vezes), é apenas uma ocupação mental carinhosa.
Mas ai que mora o grande perigo.. Coração vazio, oficina do Diabo. Não estar amando ou estar apaixonada por alguém tendo o pensamento ocupado pelo sexo oposto é quase certeiro que criará vinculo sentimental com quem está ocupando sua cabeça. Você passa a meter o ser dentro do teu coração. Principalmente se ele te dá carinho, atenção, colo, te faz sentir linda e desejada, se importa com sua felicidade e tudo mais.
Entende? Você passa a sentir ao invés de só pensar. Não sei o que é isso, ainda não descobri! Queria pelo menos entender, não quero me entregar à desorientação!
Por isso eu insisto antes que seja tarde: ei você, desça já daí!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Meu conceito sobre a morte

Passamos pela vida com a única certeza, a certeza de que morreremos um dia. Não sabemos quando nem tão pouco como.

Particularmente morte é algo que não me causa medo. É a inevitável conseqüência da vida.
Não tenho medo de morrer, mas tenho medo de ser infeliz enquanto estiver viva, sabendo que a vida finda. Tenho medo de sentir dor, tenho medo de doença.
Porque a dor pode durar muito tempo. A morte é instantânea.

O fato de que as pessoas que amo possa morrer antes de mim, é o que me assusta. A ausência dos que amamos pode ser insuperável.

Morrer pode ser inaceitável para pessoas que vivem na busca de algo. Passam sua vida inteira insatisfeitos, sempre buscando matérias, e saber que podem morrer no caminho pode apavorá-los. Ou Tem medo da morte por não saber pra onde vão, o que vem depois e tudo mais.

Outros vivem tão apáticos que parecem esperar a morte com mais vontade do que esperam a felicidade. Certo que a felicidade não irá chegar se você não a procurar.
Enquanto a morte pode procurar por você.
Mas vivem tão sem perspectiva que preferem morrer a buscar uma solução.
A essas pessoas, costumo dizer o seguinte:
Se de qualquer forma a morte virá, por que não procurar viver melhor o tempo em que ela caminha pra te buscar? Porque não ser feliz enquanto está vivo?

Quando me pego pensando na morte fica sempre uma pergunta. Como as pessoas vão reagir quando eu morrer? Que lembrança carregará de mim?

Quero viver a vida intensamente, e quando eu morrer quero apenas que sintam doces saudades, de alguém que só tentou ser feliz!