domingo, 31 de outubro de 2010

Devolvendo Sapos

Não engulo nem sêmen acha mesmo que vou engolir sapos?

Ser insultado, reprimir nossas emoções, não ter coragem de responder à altura. Tudo isso é indigesto. É como se fosse um veneno mortal dentro da gente.
Resiliência é algo que se adquire. Não está nos traços genéticos.
Porém, quanto você resiste ouvir/ler alguém dizer infâmias sobre você?
Eis o ponto que quero chegar...

Depois de eu recusar um suposto convite de namoro, ele, chateado, resolveu me ofender. Buscou meios incoerentes que tentassem justificar minha indisposição para o relacionamento.
Ficamos apenas uma vez, mas a expectativa depositada era enorme. Sua frustração fez com que se comportasse de maneira infantil, agressiva, insana.
Ele afirmava que minha antipatia pela aparência física dele era responsável pela não aceitação do compromisso. Acusou-me de fútil, de ser alguém que tinha extrema preocupação com estética, sem cultura, sem faculdade.
Ouvi milhares de bobagens. Ofensas absurdas vindas de uma mente sem noção, sem algum amor próprio e auto-estima abalada.
Ouvi da mesma boca que há algum tempo atrás me colocava no mais alto nível de elogio.
Alguém que inúmeras vezes elogiou minha inteligência e sagacidade.Admirou por vezes o fato de eu ser mãe.
Contrariedades...!
Demonstrou um possível arrependimento por ter me conhecido. Sem saber que o arrependimento em mim também batia. Quando mostrou que sua aparência interna também era desagradável.
Engoli sapos, dei as costas, embora muito magoada e com raiva.
Não bastaram horas e o telefone tocava com um pedido de desculpas. Chorei ao telefone, indignei-me, relevei...
Mas percebi que sua ausência não incomodava. Mais que isso, sua presença era à mim dispensável. E o que não mais restava era desejo de aproximação da minha parte. Derreteu-se como gelo em pedra quente escorrendo e indo embora por algum lugar.
Talvez uma grande indiferença brotasse ali.E isso pareceu insuportável à ele.
Procurou novos meios que me afetassem e usou minha maternidade, sem de fato conhecer profundamente essa parte da minha vida.
“Tenho pena de você, Karla. Pena ainda mais do seu filho que não pôde escolher a própria mãe... Você só será levada a sério quando fizer coisas sérias. Como estudar, viajar ou conseguir as coisas com seu próprio esforço. E não ficar em busca de uma cirurgia para atrair homens.”

Sim, eu li isso. Acompanhado de mais um monte de absurdos. Ofensas pesadas que descarto a possibilidade de compartilhar aqui.
Eu que mal guardo dinheiro, resolvi gastar também minhas mágoas e ressentimentos.
Tinha que legitimar a insanidade do infeliz.
Escrevi em poucas linhas o que eu deveria ter dito quando ele me criticou pela primeira vez.
Fiquei procurando as palavras certas que provassem minhas boas qualidades e meus valores.
Mas não, não precisava!
Primeiro porque ele já havia enxergado sozinho quando se apaixonou por mim.
Segundo, porque pessoas como ele não me interessavam!
Deixei a modéstia que me acompanhava na ultima gaveta da cômoda e apenas relembrei-o que eu era dona de uma personalidade que tinha à ele encantado, além de ser visualmente atraente.
Outra coisa, o fato de eu querer reparar algo que não me agrada com intervenção cirúrgica não diminui meu intelecto ou minhas capacidades. E isso não era pra atrair homens, porque o que atrai de verdade um homem encontrava-se em perfeito estado.
Pedi à ele que não tivesse pena do meu filho, porque ele sim era muito amado.
A única pessoa digna de pena era ele.
Alguém que se gabava de conhecer tantas pessoas, culturas e lugares, mas que era incapaz de conviver consigo e com seus impulsos. Além da vergonha de sorrir, culpando a timidez e não a aparência precária do seu sorriso.

Atendi ao telefone pela última vez, e sem surpresas vinha ele novamente com seu pedido de desculpas.
Ele reconhecia que as coisas haviam passado do ponto, dei a chance de ele se explicar, embora não precisasse mais.
A raiva passou, foi embora. Vomitei os sapos que estavam entalados
Ele mesmo me disse que indiferença se paga com silêncio.
Enfim alcancei o silêncio que almejei desde o início. Muitos teriam o mandado para casa do caralho na primeira vez que fosse ofendido.
Fui muito paciente porque acredito que todo mundo merece uma segunda, ou talvez terceira chance.
Desculpei, porque acredito na desculpa como forma de desapego.

Ps: Sobre o fato de engolir ou não sêmen, bom, isso fica pra outro post... rs

19 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
    QUE NOJO!

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  2. "Não engulo nem sêmen" Ahhhh ta bom! ACREDITO!

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  3. garota, se vc superou toda a historia porque mantem isso no ar, humilhar alguem te faz feliz, te deixa mais plena e contente com sua vida, vc tem prazer doentio de deixar outras pessoas magoadas, só pode ser isso.

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  4. Que triste você ter que entrar todos os dias na minha rede tentando me chamar a atenção. Diz e contradiz o tempo todo, e o pior, com mentiras nojentas e sem sentido. Deve ser mesmo muito triste conviver apenas com você e com seu lixo de auto-estima. Conforme-se: você é um descartado e não faz a menor diferença o que você pensa e o que você inventa sobre mim. Se eu te incomodo tanto é porque precisa mudar algo em VOCÊ... Get a life!

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  5. Que história é essa de eu postar ofensas à você? Tá fora de si, é? Não preciso de indiretas ou invenção, não? You get a life! A good one at least, não a sua atual. Descartado? Bom, quem se separou por vontade alheia fui eu, né? Ok, tem razão.

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  6. Ah, se vc estiver 'embarazada', boa sorte. Um é pouco, dois é bom, 3 é demais! rsrsrs

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  7. Não, não estou, Felipe. Como eu disse, estou satisfeita! rs Quem sabe um dia mudo de idéia... Quem sabe?

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  8. Acho que você deveria apagar esse blog, só baboseiras! deus me livre!

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  9. E eu acho que a Patrícia não existe. Inventar um nominho pra vir aqui me criticar é fácil. Quero ver por a cara a tapa. "O anonimato é o ópio do covarde." Ah, como está escrito no meu lixo de blog: não tenho pretensão alguma quando escrevo. No máximo desabafar e entreter gente que não tem mais o que fazer e fica xeretando aqui. Enjoy!

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  10. Odeio escorregar no banheiro , bate a cabeça na privada e morrer! :/

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  11. o ideal é não esperar nada de ninguém, e se surpreender com cada ato!

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  12. Se você morresse hoje, estaria orgulhoso pelo que andou fazendo no mundo?

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  13. A vida é como um travesti: Não é o que parece ser, te decepiciona quando você precisa e no final ela te fode.

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  14. Não, não sou fake. eu adoro blogs, visito todos, mas guria, acho que tu deveria apagar essa bobagem aqui sim, só está fazendo tu parecer tudo o que falam aí em cima. Não é legal. Sério.

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